Romeiro é mestre em Artes Visuais pela Uerj. Graduou-se em jornalismo pela UFRJ e em Educação Artística pelo Bennett. Trabalha desde 2006 como ilustrador da Fundação Cecierj.
Pra se fazer bons desenhos, é bom que se domine as formas. A prática da escultura dá um entedimento mais rico (porque tridimensional) de tudo que é sólido e visível. Quando voltamos ao papel depois de fazer uma escultura, seguramente desenhamos melhor. Diferentemente do ato de modelar, a tarefa de esculpir requer o raciocínio de enxergar na forma original bruta, o resultado final que esperamos obter e retirar tudo que não fizer parte desse resultado imaginado. Michelangelo dizia que os corpos (de suas estátuas) já estavam dentro dos blocos de mármore, ele apenas os via e libertava-os atacando a pedra nos lugares certos. Esculpi essas máscaras na parte externa de gamelas (recipientes de madeira maciça vendidos em casas de macumba) e usei betume e tinta acrílica na pintura. É engraçado perceber que as referências visíveis no trabalho são muitas... Essas tigelas costumam ter função em rituais afro-brasileiros e as máscaras, de alguma forma, terminaram por lembrar coisas tribais africanas. Enquanto as fazia, porém, eu pensava apenas na dupla figura do antigo teatro grego (tragédia e comédia) e nos rostos caricatos dos desenhos animados contemporâneos. Que bagunça.
Essa foram em minha homenagem??!! Que lindo!
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